quinta-feira, 26 de julho de 2018

O discipulado de Jesus nos cura (salvação, perdão, cura emocional, restauração) - Diné Lota

Vimos anteriormente que o discipulado de Jesus gera profundidade nele. O que vamos afirmar a seguir é em decorrência dessa profundidade, maturidade, atuação de Jesus na vida do seu discípulo.

Uma das coisas que o discipulado de Jesus faz na vida do discípulo é promover cura em vários sentidos. Vemos nos evangelhos que muitas foram as vezes em que Jesus curou pessoas que, depois, tornaram-se seus discípulos (outros nem por isso). Em vários momentos vemos que essas curas eram físicas, ou seja, todo o tipo de doenças. Entretanto, em outros momentos a cura é espiritual, tal como foi com a mulher do poço de Samaria, ou com Nicodemos (assim crê este autor). Outras vezes a cura extrapola o físico e vai ao sobrenatural (não que as outras não o sejam). Esta afirmação tem a ver com o facto de que Jesus ressuscitou algumas pessoas – Lázaro, o filho da viúva de Naim e outros. São vários os tipos de curas de Jesus!

Uma delas, a principal, é a cura espiritual. Por cura espiritual este autor entende que seja a salvação da pessoa por meio de Jesus e seus méritos diante de Deus. Este é basicamente o tema central de todo o Novo Testamento, quiçá de toda a Bíblia – o plano de Salvação da humanidade urdido pela Santa Trindade.

No discipulado de Jesus, nem sempre essa cura ocorre no início. Algumas vezes sim, outras não. Jesus leva em consideração a pessoa que está a discipular e o seu próprio tempo. Tomemos como exemplo de uma cura rápida a do endemoninhado gadareno, que, tão logo liberto, quis tornar-se um seguidor de Jesus. No momento do encontro ouve cura espiritual (e outras também). Uma cura espiritual que aconteceu no processo do discipulado de Jesus com essa pessoa, na opinião deste autor, foi a de Nicodemos. É muito possível que este doutor da lei tenha ouvido Jesus falar várias vezes. Ficou curioso e foi ter com Jesus à noite, como podemos ver no relato do Evangelho de João. Ali, Jesus explicou-lhe o plano de salvação de uma maneira que ele pudesse entender. Nicodemos desaparece e só surge mais à frente a defender Jesus no capítulo 7 (v.50). Desaparece novamente vindo a surgir no fim do relato de João (cap. 19), quando o vemos a seguir o grupo que vai sepultar Jesus com um vultoso valor de especiarias para serem usadas na preparação do corpo para o sepultamento. Este autor é levado a crer que Nicodemos se converte nesse processo de discipulado um pouco diferente que Jesus teve com ele. Não no início, mas no seu tempo.

Outra cura que Jesus promove no seu discipulado é o perdão. O exemplo clássico para isso é o da mulher apanhada em flagrante adultério, e levada à presença de Jesus para ser morta por apedrejamento. O perdão de Jesus àquela mulher a curou em todas as esferas da sua vida: salvou-lhe a vida, curou suas feridas emocionais, restaurou sua dignidade, exerceu justiça frente à sua vergonha social.

Outro exemplo de cura no discipulado de Jesus é a restauração. É bem claro que a restauração e todos os outros tipos de curas estão muito interligados, muitas vezes coexistindo. Entretanto este autor faz estas distinções mais por caráter de aprendizado e destaque.

Um bom exemplo de restauração é Zaqueu. Ele era um homem de moral bastante questionável. Era conhecido pela sua desonestidade que, provavelmente, tinha raízes na sua ganância. Ao encontrar-se com Jesus e passar com ele algumas horas, ao ser discipulado por Jesus, foi curado da sua ganância, egoísmo. Prova disso é a devolução de quatro vezes mais do que havia roubado a quem quer tivesse sido sua vítima. E isso de maneira voluntária, sem ser coagido.

Por último, este autor destaca a cura emocional. No discipulado de Jesus o ser humano é visto como um todo, logo, suas emoções também são levadas em consideração. Um dos exemplos que este autor vê como cura emocional é quando Jesus ressuscita Lázaro. A cura de Lázaro não está aqui em questão, mas as das suas duas irmãs, Marta e Maria.

As emoções destas duas mulheres estão destruídas. Para piorar, Jesus não chega no tempo por elas esperado. Percebe-se claramente isso na passagem de João, capítulo 11, pelas reações das duas mulheres frente à chegada de Jesus. Ao ressuscitar Lázaro, Jesus está a curar também Maria e Marta e suas emoções destruídas pela morte, agora restauradas por Jesus e seu discipulado curador.

Muitos mais exemplos poderiam ser dados, não apenas das Escrituras, mas dos livros que narram como os discípulos de são curados de seus males, tanto do corpo quanto da alma, na sua caminhada com Jesus.

Diné Lota