Neste segundo texto irei
abordar a parábola das dez virgens que nos é narrado em Mateus (25:1-13).
Jesus está a dar os seus últimos ensinos e transmite aos discípulos o
sermão profético, com tudo o que isso significou para a altura e também para
os dias de hoje.
Uma das preocupações
de Jesus foi ensinar a todos os seus seguidores, de todas as eras, que a Sua
segunda vinda seria uma realidade. Não há que ter dúvidas. Numa primeira
fase, a Igreja primitiva pensou que Jesus viria ainda durante os seus dias, ou
seja, durante os primeiros anos do primeiro século. Daí encontrarmos textos
como o de Actos (4:32-37) e as suas consequências para a propagação do
Evangelho. Nada tendo, as pessoas ficaram livres para irem por todo o império,
nada os retendo em termos materiais, porque Jesus em breve viria. Perspectiva
sobremodo interessante, reveladora de fé e de desconhecimento, em paralelo.
Não havia sido essa a mensagem que Jesus tinha deixado, mas foi assim que ela
foi entendida.
Com esta parábola,
Jesus deu-nos uma mensagem fortíssima de aviso e precaução. Em primeiro
lugar a sua segunda vinda será uma realidade. Pode acontecer a qualquer
momento. Os seus precisam de estar preparados em todas as circunstâncias. Em
segundo lugar esse acontecimento irá apanhar muita gente desprevenida,
incluindo muitos que ouviram o Evangelho. Tal como as virgens prevenidas, as
virgens loucas sabiam que o seu senhor viria; mas isso não foi suficiente para
se precaverem com o azeite necessário até à sua efectiva chegada. O facilitismo,
no que ao evangelho diz respeito, paga-se caro. Quantos ouvem o Evangelho, até
o compreendem, mas continuam vivendo as suas “vidinhas” por variadíssimas
razões, e isso pode ser determinante para serem apanhados de surpresa.
Impreparados. Não dignos. Vivendo vidas das quais já não se poderão
arrepender. Perderam a oportunidade de aceitar a salvação.
Atendendo aos sinais que
vamos vendo, alguns defendem que o mundo caminha a passos largos para que as
profecias feitas nos evangelhos sobre a segunda vinda se cumpram a muito curto
prazo. Outros, pelo contrário, acham que, embora caminhemos para o fim do
tempo nesta terra, ainda faltam muitos acontecimentos até que isso venha a
acontecer. E facilitam. E acham que também podem viver um pouco mais a sua
vida. Nada mais perigoso, porque a vida de santidade e dependência de Deus é
colocada de lado e isso traz consequências graves para si e para os seus,
principalmente se existem crianças, adolescentes, jovens que veem o
comportamento dos seus pais e podem perder o foco.
Se falta muito ou pouco
para Jesus voltar, isso não sei. O que eu sei é que todos os cristãos têm
que estar sempre preparados. Sei que esse dia acontecerá sem aviso prévio.
Jesus prometeu que viria, e virá. Que haja sabedoria para que, quer demore
muito, quer demore pouco, todos sejamos achados precavidos da vinda do Senhor.
Ele virá buscar os seus para viverem eternamente com Ele. Essa será a
realidade suprema que iremos gozar.
Alberto Carneiro