segunda-feira, 16 de julho de 2018

O Reino de Deus nas Parábolas de Jesus - Alberto Carneiro

Neste segundo texto irei abordar a parábola das dez virgens que nos é narrado em Mateus (25:1-13). Jesus está a dar os seus últimos ensinos e transmite aos discípulos o sermão profético, com tudo o que isso significou para a altura e também para os dias de hoje.

Uma das preocupações de Jesus foi ensinar a todos os seus seguidores, de todas as eras, que a Sua segunda vinda seria uma realidade. Não há que ter dúvidas. Numa primeira fase, a Igreja primitiva pensou que Jesus viria ainda durante os seus dias, ou seja, durante os primeiros anos do primeiro século. Daí encontrarmos textos como o de Actos (4:32-37) e as suas consequências para a propagação do Evangelho. Nada tendo, as pessoas ficaram livres para irem por todo o império, nada os retendo em termos materiais, porque Jesus em breve viria. Perspectiva sobremodo interessante, reveladora de fé e de desconhecimento, em paralelo. Não havia sido essa a mensagem que Jesus tinha deixado, mas foi assim que ela foi entendida.

Com esta parábola, Jesus deu-nos uma mensagem fortíssima de aviso e precaução. Em primeiro lugar a sua segunda vinda será uma realidade. Pode acontecer a qualquer momento. Os seus precisam de estar preparados em todas as circunstâncias. Em segundo lugar esse acontecimento irá apanhar muita gente desprevenida, incluindo muitos que ouviram o Evangelho. Tal como as virgens prevenidas, as virgens loucas sabiam que o seu senhor viria; mas isso não foi suficiente para se precaverem com o azeite necessário até à sua efectiva chegada. O facilitismo, no que ao evangelho diz respeito, paga-se caro. Quantos ouvem o Evangelho, até o compreendem, mas continuam vivendo as suas “vidinhas” por variadíssimas razões, e isso pode ser determinante para serem apanhados de surpresa. Impreparados. Não dignos. Vivendo vidas das quais já não se poderão arrepender. Perderam a oportunidade de aceitar a salvação.

Atendendo aos sinais que vamos vendo, alguns defendem que o mundo caminha a passos largos para que as profecias feitas nos evangelhos sobre a segunda vinda se cumpram a muito curto prazo. Outros, pelo contrário, acham que, embora caminhemos para o fim do tempo nesta terra, ainda faltam muitos acontecimentos até que isso venha a acontecer. E facilitam. E acham que também podem viver um pouco mais a sua vida. Nada mais perigoso, porque a vida de santidade e dependência de Deus é colocada de lado e isso traz consequências graves para si e para os seus, principalmente se existem crianças, adolescentes, jovens que veem o comportamento dos seus pais e podem perder o foco.

Se falta muito ou pouco para Jesus voltar, isso não sei. O que eu sei é que todos os cristãos têm que estar sempre preparados. Sei que esse dia acontecerá sem aviso prévio. Jesus prometeu que viria, e virá. Que haja sabedoria para que, quer demore muito, quer demore pouco, todos sejamos achados precavidos da vinda do Senhor. Ele virá buscar os seus para viverem eternamente com Ele. Essa será a realidade suprema que iremos gozar.

Alberto Carneiro